A Mentira e a Verdade

Neste mundo actual, a Verdade está a ser banida por planos rastejantes e, desgastando-se por caminhos tortuosos e pavimentados pela lama da Mentira abjecta e ofuscante de benesses defeitos, o que, mais onera os interessados, do que, lhes proporcionam vantagens reais. Os caminhos da Mentira são alamedas esplêndidas de brilhos convidativos e alastrantes.
Gota a gota, a Verdade se mistura nos percalços da Mentira maldosa sem, no entanto, nada dela assimilar, apenas, esperando o ressurgir do acúmulo de suas gotas! Ainda espalhadas no jorrar da Mentira, intensa e sumptuosamente oferecida, aos pusilânimes e incautos.

A Mentira é avalista voluntária de toda a falsidade ao seu derredor, enquanto a Verdade, ainda em gotejo fica, temporariamente, sufocada. Ambas ficam nos meandros da vida, misturadas ao Ser que as aglutina, sendo, portanto, a Mentira aceita e a Verdade... Omitida! Com a aparência vã sobrepondo e dominando o cerne da humanidade descrente de valores morais, a mentira em combate de longa duração vem, momentaneamente, vencendo a verdade pura e cristalina, deste modo, ainda escura. O egoísmo e o orgulho, agregados aos Seres humanos venais, fazem o centro da mentira a sua guia e, da Verdade, um seguidor escravo do que a Mentira lhe revela nos seus ouvidos de imprevidente. A Calúnia acompanha a Mentira, coligada com a difamação, massacrando a honra e, deixando-a em nichos, todavia, ao lado da Verdade latente, medrando nos rodas-pé. Sei que não escapo da Mentira e das calunias e, apesar de trazer comigo a Verdade Iinsofismável e pura aos jorros e borbotões, pela união das suas gotas, acabarei no Calvário (mas por pouco tempo), por vontade própria, e comprovando que devemos ir ao máximo do sacrifício para a união de tudo o que podemos provar de todas as “gotas da Verdade” que tenhamos no nosso coração e posse de informações adquiridas, não importa que Elas sejam forçadas e pisoteadas pela Mentira.

Como diz o mestre Sebastião António Baracho: " A Verdade é um oceano de pureza e, a Mentira não o envolverá por ser uma vil defecção desencapada e propelida em direção do Abismo, pelo nosso Salvador e Guardião do Bem sem a junção do Mal, …”

(Texto de Giulio Romeo, Adaptado a uma situação real)